Neste livro a autora nos leva a um recorte histórico de um país segregado de uma forma intimista e sincera, foi um ótimo ponto de partida na bibliografia de uma escritora que marcou história.
Em seu relato pessoal sobre uma infância em um interior de um país marcado pela segregação racial, a autora nos mostra em pequenos fragmentos um cenário social que traz marcas até hoje. Com uma riqueza de detalhes sem ser cansativo, conhecemos a trajetória da autora durante o tempo em que ela viveu com a avó paterna, e mais tarde sua volta ao convívio com a mãe até o início de sua vida adulta. Ela conta seus sofrimentos, suas buscas, sua relação com a religiosidade, suas cicatrizes, a parceria com o irmão.
"Eu sei o que o pássaro canta na gaiola" é mais que um livro sobre crescimento, e muito mais que um livro sobre segregação racial, e muito, muito mais que uma biografia. É uma confidência muito sincera e muito poética sobre relatos de uma vida marcada por adversidades em um país considerado defensor da liberdade.
Sinopse do livro: "Racismo, abuso, libertação. A vida de Marguerite Ann Johnson foi marcada por essas três palavras. A garota negra, criada no sul por sua avó paterna, carregou consigo um enorme fardo que foi aliviado apenas pela literatura e por tudo aquilo que ela pôde trazer: conforto através das palavras. Dessa forma, Maya, como era carinhosamente chamada, escreve para exibir a sua voz e libertar-se das grades que foram colocadas em sua vida. As lembranças dolorosas e as descobertas de Angelou estão contidas e eternizadas nas páginas desta obra densa e necessária, dando voz aos jovens que um dia foram, assim como ela, fadados a uma vida dura e cheia de preconceitos. Com uma escrita poética e poderosa, a obra toca, emociona e transforma profundamente o espírito e o pensamento de quem a lê."
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